sábado, 28 de julho de 2007

Amorterapia


Não há como negar ser o amor a realidade mais pujante da vida. Irradia-se de Deus e vitaliza o Universo, mantendo as Leis que produzem o equilíbrio.

Todos os homens e mulheres que edificaram os ideais da felicidade humana fundamentaram o seu pensamento no amor pleno e incondicional.

Transcendendo definições, o amor é vida exuberante; é a razão básica da manifestação do ser que pensa e que sente.

Jesus sintetizou todo o código da Sua Doutrina no amor: a Deus, ao próximo e a si mesmo.

As modernas ciências da alma, que penetraram na essência profunda das criaturas, fascinadas com as suas descobertas em torno dos conflitos e problemas, recorrem também ao amor, para que ele solucione os enigmas existenciais e erradique os agentes causadores dos distúrbios interiores e externos que aturdem a humanidade.

Assim, o amor deve ser causa, meio e fim para o comportamento humano feliz, que desperta com anseios de plenitude.

Amar é o grande desafio.


Joanna de Ângelis

"Desperte e seja feliz"

quarta-feira, 18 de julho de 2007

A PRECISÃO DA EXTINÇÃO


Cansei de ver cores

Cores podres, de ódio e rancor.

Salve o preto e branco!!!

Quero ver como os animais.

Não quero proximidade humana, extreminem

nossa raça do planeta

Creio que assim, ao ciclo natural volteremos.

Nossa morte é precisa, é urgente.

Deixemos os pássaros voarem,

Onças e jaquatiricas correrem em paz

Que os peixes possam subir o rio sem

rede para aprisioná-los

que a aranha engula a mosca

a cobra o sapo

o gato o rato...

Morramos todos, a ganância e a ignorância,

Para que viva o canto de um pássaro livre

E que as árvores caiam sim, mas de velhice.


Poesia de Valter Di Lascio

Poeta de jericoacoara

segunda-feira, 9 de julho de 2007

APRENDIZAGEM PELA DOR


Referes-te à dor como se ela se te constituísse punição imerecida, injustificável interferência nas actividades da tua existência.


Armas-te de revolta e investes contra o sofrimento, tombando em crise de desequilíbrios e alucinações em decorrência de enfoques defeituosos e de atavismos utilitarista que te assinalam a vida.


A dor, no entando, resulta de uma necessidade imperiosa da evolução.


Sem ela dificilmente conseguirias bendizer a felicidade, da mesma forma que, sem o concurso da sombra, não te darias conta da elevada mensagem da luz. Não conhecendo a enfermidade, sentir-te-ias sem condição de valorizar a saúde.


A dor pode ser considerada como um fórceps, de que se utiliza a vida para arrancar belezas nas almas calcetas, que jazem prisioneiras das couraças do primitivismo ancestral. Quando, no entanto, o ser é dúlcido e acessível, a dor nele funciona como um arco delicado que tange, no violino dos sentimentos, leves acordes de uma balada sublime de amor.


Com o seu concurso, nascem os heróis e se forjam os santos: faz-se companheira dos caracteres nobres e é irmã da reflexão, cujo concurso invoca ao instalar-se imo da criatura humana.



Joanna de Angelis


"Rumos Libertadores"

segunda-feira, 2 de julho de 2007

DESESPERO!!


"... Senhor, não soube nem quis vencer as forças do mal. O meu coração, que era teu, eu o atirei ao mar, e então a onda me engoliu e me aprofundei no abismo...


Que horrivel não poder mais dizer "Senhor!Pai!"

Mas eu o mereci. Ele deve "punir-me". Sinto apenas a justiça, não mais o amor, morro porque não posso mais vê-lo. Entre mim e Deus há um abismo que não sei mais superar.


Já não sei orar, não ouso invocá-lo. Aqui estou, só, nas profundezas do meu inferno.

Onde está o meu Senhor?


Procuro-o mas estou cego e nem o saberia mais ver. Estou surdo, não o saberia ouvir. Estou mudo, despedaçou-se a lira do meu canto.


Conheci Deus e perdi-o. A minha alma é um estrondo de desespero..."


Pietro Ubaldi

" Ascese Mística"